A equipe do Observatório de Juventudes em Situação de Prisão (IPA - CJ Susepe) esteve na manhã dessa segunda-feira, dia 18 de agosto, apresentando os dados da pesquisa em andamento que vem sendo realizada no Presídio Central com jovens de 18 a 29 anos.
Estavam presentes o prof. Dr. Celso Rodrigues, prof. Dr. Luciane Raupp e prof. Ms. Oriana H. Hadler (coordenadores da pesquisa junto ao Centro Universitário Metodista do Sul - IPA), a psicóloga da Coordenadoria da Juventude Janice Ribeiro (parceira do Observatório junto à Susepe), bem como o tenente-coronel Osvaldo Luís Machado da Silva (diretor do PCPA), corpo técnico da casa prisional (psicólogas, assistentes sociais, educadores) e demais componentes da Brigada Militar que vem compondo a parceria da pesquisa.
Dentre alguns dados levantados na pesquisa estão:
Eixo Trabalho e Educação
Articulação: Participou de Projetos Na Escola vs. Reincidência (Gráfico)- Dados a destacar:
63% Ensino fundamental incompleto
90% estavam trabalhando nos últimos 12 meses
- Trabalho formalizado:
46% Sim
46% Não
8% Não respondeu
- Interesse em trabalhar:
31% Trabalhar
7% Estudar
56% Ambos
Eixo Saúde
Articulação: Usuário de drogas vs. Delito cometido (Gráfico)- Dados a destacar:
40% Estiveram internados por alguma questão de saúde
27% Faz uso de alguma medicação
68% São usuários de drogas
39% Já fizeram tratamento para dependência química
Eixo Assistência
Articulação: Moradia - questão: com quem estava morando? (Gráfico)- Dados a destacar:
- FASE:
33,9% Sim
66,1% Não
- Rede familiar:
49% Moram com família primaria
60% Nunca fugiu de casa
75% Nunca esteve em instituição de acolhimento
Eixo Justiça
Articulação: Período no PCPA vs. Acesso à Justiça (Gráfico)- Dados a destacar:
- Idade preso pela primeira vez:
42% 19 a 21 anos
24% 15 a 18 anos
18% 22 a 25 anos
- Delitos:
34% por 157
22% por 33
- Acesso a justiça:
50% Nenhuma
25% Uma vez
6% Duas vezes
A experiência desenvolvida até agora reforça a necessidade da continuação do trabalho em uma perspectiva interdisciplinar, articulando de forma cada vez mais aprofundada a parceria entre espaços de pesquisa e a rede voltada para jovens em situação de prisão.